quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Meio a Meio

Entre vitória e derrotas, Novak Djokovic termina o ano com nota 6 e passa "na média" do tênis mundial.


Novak Djokovic teve um 2013 de altos e baixos, mas conseguiu manter sua sequencia de conquistas mesmo assim. Em 9 finais disputadas, Nole conseguiu levantar a taça em 7 delas, mas viu a liderança do ranking, que era ocupada por ele, passar de mãos, e cair nos braços de Rafael Nadal.
Djoko atualmente é o segundo colocado no ranking da ATP com 12.260 pontos. Nesse ano, o atleta conseguiu ganhar "apenas" 1 torneio de Grand Slam, e centrou suas conquistas nos campeonatos ATP 500 e 1000.

Logo no primeiro torneio em que participou, Novak Djokovic mostrou que ainda continuava "embalado" por 2012, e de cara foi campeão da competição inaugural da temporada do tênis internacional. O tenista sérvio foi campeão nas quadras de Melbourne, levantando a taça do Australian Open, primeiro Grand Slam do ano, depois de passar por 4 adversários, até encarar e derrotar o britânico Andy Murray na final, por 3 sets contra 1. Com o título de 2013, Nole manteve sua hegemonia nas quadras australianas, se consagrando tri campeão consecutivo do Australian Open, fazendo com que o tenista acumule 4 troféus de campeão do torneio.
O Tri Campeão beija sua mais nova taça.

Em sua segunda competição, Djoko ganhou mais uma taça. Dessa vez o tenista conquistou o  ATP 500 de Dubai, derrotando o Tcheco Tomas Berdych, com parciais de 2 sets a 0. Com a conquista em Dubai, Nole ganhou a disputa pela quarta vez na carreira, do torneio que faz parte do circuito ATP World Tour 500. Em dois meses jogando, dois campeonatos ganhos. Mas depois disso, a sorte de Djoko começou a mudar, e quando o tenista disputava o título de Indian Wells, um dos mais tradicionais torneios de tênis dos EUA, o sérvio chegou até as semi finais, mas caiu para o argentino Juan Martín Del Potro, por 2 sets a 1, e disse adeus ao título.
Campeonato em Dubai foi o último GA durante um tempinho...

Ainda nos EUA, duas semanas após ser eliminado no ATP 1000 de Indian Wells, Djokovic foi eliminado nas oitavas de final, pelo experiente tenista Alemão Tommy Haas. Em seu "turismo" americano, Nole somou duas eliminações e duas perdas em Masters 1000, uma decepção para ele. Mas na competição seguinte, sua sorte iria virar novamente, mas dessa vez, à seu favor.

Djoko quebrou o reinado de Nadal em Mônaco.
Na terra batida das quadras do principado de Mônaco, Novak Djokovic, motivado pelas derrotas no mês anterior, exibiu toda a sua categoria e raça para os ilustres espectadores que acompanhavam com olhos fixos cada jogada sua. Com uma atuação impecável, Nole se classificou até a final para enfrentar o espanhol Rafael Nadal, que chegou até a decisão com um favoritismo gigante em suas costas. Até aquela final, Nadal era soberano no saibro Monegasco, com um Octa campeonato consecutivo na bagagem, feito único entre os tenistas que já haviam disputado aquele torneio. Mas nada disso abalou Djoko, que venceu o rival por 2 sets a 0, Fora o Baile, e levou o ATP 1000 de Mônaco, seu 14º título de Masters na carreira.

Em Madri, Djokovic teve sua pior participação em todas as disputas em que esteve presente no ano. O então melhor jogador de tênis do mundo, foi eliminado a primeira fase do torneio, perdendo o primeiro jogo, para o tenista Búlgaro Grigor Dimitrov, que ocupava a modesta 28º posição do rankig que Nole Liderava.
Uma zebra conseguiu se destacar nas terras das touradas, e se impôs em uma importante disputa, afinal se tratava de um ATP 1000, segunda disputa mais importante na hierarquia de taças, atrás apenas dos Grand Slams.

 No Masters 1000 de Roma, Djoko começou até jogando bem. Devastador em cima de seus adversários, sem ceder nenhum set, porém nas quartas de final, na partida contra Tomas Berdych, Nole não conseguiu controlar a partida como já havia feito antes, e foi derrubado na terra dos gladiadores, 2 sets a 1 para o tcheco, que se vingou do título que tinha perdido meses atrás para Djoko em Dubai.

Como havia sido eliminado antes da final, o sérvio teve mais tempo para se preparar para a competição mais famosa do tênis, Roland Garros, do que os tenistas que avançaram mais do que ele em Roma. E o tempo a mais de descanso no começo parecia que fez muito bem para ele, que jogou demais, mostrando ter superados seus muitos tropeços no ano. Isso só durou até a semi final, onde mais uma vez enfrentou Rafael Nadal, e em um "partidasso" dos dois tenistas, acabou perdendo o jogo por 3 sets a 2. Nadal viria a se tornar o campeão de Roland Garros mais para frente.

Vice decepcionante em Wimbledon.
No penúltimo Grand Slam do ano, praticamente um mês depois de Roland Garros, Djoko tinha a chance de se reabilitar e voltar a levantar um caneco. A chance era no mítico torneio de Wimbledon, e na grama da Inglaterra, Nole continuou "ganhando como nunca, mas perdendo como sempre". Em uma grande semi final, passou por cima de Juan Martín Del Potro, em uma partida de 5 sets, que acabou com vitória do sérvio por 3 a 2. Na final, Novak Djokovic enfrentou seu "freguês" Andy Murray, que já havia perdido uma final para Nole, no Australian Open. Mas dessa vez a história foi diferente, e o sérvio foi dominado na partida e acabou sendo derrotado por Murray por incríveis 3 sets a 0. Título "em casa" para o tenista britânico, e festa da torcida inglesa.

Depois de quase conseguir os dois principais torneios do tênis, Novak partiu de novo para a América do Norte em busca de redenção, e acima de tudo, títulos. Mas nem tudo foi como ele esperava, e no ATP 1000 de Montreal, mais uma vez Nole cruzou seu caminho com Rafael Nadal, e de novo, foi eliminado em uma semi final. A 3ª queda em semis do ano. Duas semanas depois o sérvio estava juntando os cacos em Cincinatti, em vão. Quando pegou o americano John Isner pelas quartas de final, mais um tropeço de Djoko, que partiu rumo a Nova Iorque para disputar o US Open, mais importante torneio americano de tênis.

Campeão em 2011, Novak Djokovic sempre teve um bom desempenho no Grand Slam americano, e nesse ano seu desempenho não poderia ser diferente. Jogando o fino da bola, o sérvia avançou para a final com certa facilidade e de novo disputou uma taça com seu "arquirrival" Rafael Nadal. A final do US Open entre os dois, pode ser considerado como o melhor jogo do ano no tênis. Foi uma verdadeira batalha épica, que perdurou por mais de 3 horas, e terminou coroando Nadal como bi campeão do US Open, vencendo Nole por 3 sets contra 1. Palmas para os dois nessa disputa mágica!
Tenistas se cumprimentam depois da "guerra".

Em Setembro, Djokovic voou para a China buscando melhores ventos, e finalmente encontrou sua "paz",
quase que inspirado nos monge budistas das montanhas chinesas. Mas o que se viu na quadra de Pequim foi um verdadeiro tigre asiático, lembrando o "velho" Djoko, que seus fãs estavam acostumados a ver, aguerrido e vitorioso. Em mais uma final contra Rafa Nadal, dessa vez Nole se impôs perante o espanhol e faturou o ATP 500 de Beijing, emplacando 2 sets a 0.
15 dias depois, lá estava o sérvio em quadras chinesas novamente, jogando o Masters de Shangai, para embalar mais uma taça para sua sala de troféus. Em um jogo equilibrado, Djoko passou por cima de Del Potro por 2 a 1. No passeio pela Ásia, saldo positivo para ele, que reencontrou suas vitórias e suas taças.

Em seu retorno à França, depois de Roland Garros, o tenista ganhou o terceiro título consecutivo, quando foi campeão do ATP 1000 de Paris. Na final Davi Ferrer não conseguiu segurar a força de Djoko e ficou com o vice campeonato do torneio francês.

Em Novembro foi disputado na Inglaterra, a Masters Cup, torneio que envolve todos os campeões do ano dos competições da ATP. Por envolver só os tenistas Top, essa disputa se tornou muito importante entre os tenistas, pois define, "o melhor dos melhores". Logo de cara, Djoko eliminou o grande Roger Federer, e ficou com uma moral elevada para o restante da competição, e até chegar a final Nole só pegou "pedreiras", mas nada que conseguisse parar o atleta. Na final, um adversário "novo", Rafael Nadal, que de tanto enfrentar Djoko, virou brincadeira do sérvio. Em uma entrevista, Nole disse "que se encontrava mais com Nadal que com sua própria mãe", e a final do Masters colocou os dois frente a frente pela última vez no ano. Djoko se recompôs das últimas derrotas para o espanhol, e "vingou" a derrota sofrida no US Open e ganhou a taça de campeão da Masters Cup  de 2013.
Djoko e o imponente troféu da Master Cup.

Simultaneamente com as outras competições, Novak Djokovic participava da Copa Davis, defendendo a equipe da Sérvia. Ele cumpriu seu papel, e em todas as vezes que entrou em quadra pelo seu país, não perdeu nenhum jogo, contribuindo assim para a Sérvia chegar na final para enfrentar a República Tcheca, que derrotou os sérvios e se consagrou como campeã da Copa Davis.

Ano que vem Djoko terá uma novidade em sua comissão técnica, o ex-tenista alemão Boris Becker vai treinar o jogador, substituindo o até então técnico Marian Vajda, que acompanha o atleta há algum tempo, e que vai continuar integrando sua equipe.

Djokovic é um dos mais carismáticos e queridos jogadores de tênis, graças ao seu jeito brincalhão e descontraído que mostra duranta suas exibições, além de muito talentoso com a bolinha verde. O atleta tem tudo para conseguir grandes conquistas no próximo ano, mas vale lembrar que não vai ter vida fácil, pois os outros tenistas também vão chegar forte no ano que vem. Mas com uma melhor sorte do que a apresentada em 2013, Nole pode recuperar facilmente o topo do ranking da ATP.

                                                           Boa sorte em 2014 Djoko!



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