segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Nova Geração Pede Passagem

No Campeonato Brasileiro deste ano pudemos acompanhar um fato importantíssimo: a chegada de novas mentalidades.

Os treinadores "novos" que chegaram nesse campeonato foram uma ótima gratificação.

Agora, porque o novos entre aspas, porque esses treinadores já são caras conhecidas dos torcedores brasileiros.
Guardiola, Campeão de tudo que disputou como treinador, em tempos de Barcelona
seguindo o mesmo rumo no Bayern
Vagner Mancini, Cuca, Marcelo Oliveira, Cristóvão Borges, Ney Franco, dentre outros ótimos treinadores que mostraram ótimas inovações em seus times.

O cenário de técnicos no Brasil precisa há muito tempo de uma boa renovação de mercado. Mesmo com estes nomes já sendo conhecidos pelos torcedores, ainda eram nomes que precisavam se firmar nas comissões técnicas do futebol.
Graças à essa nova forma de jogar inspirada na posse de bola, o que remete muito o jeito do "antigo" Barcelona e do "novo" Bayern de Munique, ambos comandados de Pep Guardiola.

Cuca termina com a fama de azarado que lhe foi atribuída
Cuca, campeão da Libertadores esse ano, inovou no esquema de jogo 4-5-1, que na verdade se traduzia em um 4-2-3-1, onde apareciam 2 volantes de forte marcação, 2 meias de muita velocidade e 1 jogador pensante, juntamente com o atacante "solitário" que escorava a bola para o barbante.

Assim como Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro que colocou o time para jogar verdadeiramente pra frente neste campeonato, lembrando os velhos tempos, onde os times celestes só jogavam pro ataque.

De rejeitado, para campeão Nacional com o Cruzeiro
Como muitos já perceberam, houve uma cópia das táticas de jogo vindas da Europa. Times extremamente visados como, Real Madrid, Juventus, Manchester City, Liverpool, Borussia Dortmund, são algunss que utilizam esta forma de jogo.

Ainda bem que esta cópia aconteceu. Isso favoreceu e muito um futebol mais ofensivo nos times do Brasil, o que deixava o jogo extraordinariamente interessante. O que não ocorria um tempo atrás, pois os times eram todos reféns de escanteios e jogadas de bola parada em geral. Não que isso não seja importante no decorrer de uma partida, mas é que um jogo onde só possa acontecer gols dessa maneira uma hora ou outra se torna cansativo aos olhos dos torcedores.

No Campeonato deste ano vários nomes consagrados e de muita história no futebol brasileiro não conseguiram levar seus times a nenhum título, pois se apegaram à uma forma antiga de se jogar, até um futebol meio rústico do saudoso "chuveirinho", muito vivenciado no Tri-Campeonato Brasileiro conquistado pelo São Paulo de Muricy Ramalho.
Os técnicos considerados uma segurança para a diretoria, como uma forma garantida de vitória estão tendo uma maior dificuldade de se realocar no mercado de hoje, por ainda preferirem um futebol mais "antigo".

Nomes como Ney Franco, que já havia ganho a Copa Sul-Americana como São Paulo, Cristóvão Borges que salvou o fraco elenco do Bahia do rebaixamento, Vagner Mancini, Enderson Moreira, Guto Ferreira, proporcionaram aos boleiros um belo futebol em seus respectivos times, pois tecnicamente falando o Brasileirão desse ano ficou devendo, mas em número de gols e ofensividade foi sem dúvida alguma um dos melhores já vistos.
Ney quase levou o Vitória à disputa da Libertadores do ano que vem.
Com times ofensivos na maioria das vezes usando o 4-2-3-1 pudemos ver jogadas de velocidade, grandes jogadas de contra-ataque, grandes improvisos no campeonato, algo que como dito fazia muita falta ao torcedor brasileiro.

Cristóvão que salvou o limitado elenco do Bahia
de ser rebaixado com um futebol ofensivo
Com estes técnicos tivemos a revelação/exposição de talentos, como Maxi Biancuchi que desencantou no Vitória de Ney Franco, Éderson, que foi o artilheiro do Brasileiro sob o comando de Vagner Mancini, Mayke, grande lateral direito que foi importante em vitórias cruzeirenses, Gilberto que "mitou" contra o Corinthians fazendo 3 gols. Há vários outros nomes que podemos citar, como Fernandão do Bahia, Walter, que já era conhecido como bom jogador, mas que esse ano se revelou decisivo para a equipe do Goiás.

Obrigado à esses treinadores que tiraram nosso futebol do marasmo das bolas paradas e dos escanteios e deram uma nova vida ao jogo dentro dos gramados Brasileiros. Tomara que os dirigentes vejam o bem que essas pessoas fizeram neste ano e não pensem apenas nos resultados de 3 jogos como parâmetro de analise dos profissionais.
Não que quem vos escreve esteja querendo criar um novo tipo de "ERA Ferguson", apesar de a ideia não ser de toda ruim, mas para termos uma grande continuidade de trabalhos, como no Galo, Corinthians, agora no Cruzeiro. Que isso se perpetue no cenário nacional favorecendo nossos treinadores e ajudando no desenvolvimento de nossos jogadores.

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